Por Breno Buswell
Após um primeiro dia mais pop e - retirando as apresentações de Katy Perry e Elton John - bem mediano, o Rock In Rio 2011 volta com tudo para o seu segundo dia, dessa vez, investindo pesado no bom e velho Rock 'N Roll. Vamos as críticas dos principais show desse que, apesar do evento ainda estar no início, pode ter sido o melhor dia de todo o festival.
Palco Sunset:
Mike Patton
Fechando as atividades do Palco Sunset, Mike Patton apresentou-se com o álbum Mondo Cane, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Heliópolis. O show começou com mais de uma hora de atraso, depois do NX Zero ter deixado o Palco Mundo.
O projeto de Patton combina música erudita italiana ao rock'n'roll, mas o principal atrativo é com certeza a performance surtada do vocalista do Faith No More, seus olhares alucinados e cara de louco. Altamente performático, o cantor às vezes parecia um caricato apresentador de cabaré (especialmente com aquela trilha sonora), já que estava de terno e seu já tradicional cabelo lambido para trás. Pulava, se agaixava, interagia com a orquestra, com seus músicos e com a plateia, fazendo um dos shows mais agitados e teatrais daquela noite.
Nota: 9
Palco Mundo:
NX Zero
Ficou a cargo dos Brasileiros do NX Zero abrir os shows do palco principal, e vou dizer, eles não fizeram feio. Apesar de ter sido o show mais fraco da noite, a banda mandou e bem e soube empolgar a plateia com seus maiores sucessos. Um bom show, mas nada extraordinário.
Nota: 7
Stone Sour
Os primeiros acordes de rock mais pesado no festival vieram com Stone Sour, que abriu seu show com "Mission Statement". Corey Taylor mostrou-se muito carismático e atencioso com a plateia, xingando-a de vários palavrões em inglês, para o delírio de todos (afinal, não há carinho mais rock'n'roll do que chamar seus fãs de "little motherfuckers").
A apresentação foi enérgica e ao final da segunda música, todos os integrantes da banda já estavam pingando de suor. Apesar de grande parte da plateia estar ali para ver o Red Hot Chili Peppers, o Stone Sour conseguiu lidar com o fato de estar sob a sombra da atração principal, conversando sempre com a plateia, afirmando o quão felizes estavam de tocar no Rock in Rio e explicando o título de cada música, de que álbum ela veio. Assim, fizeram com que todos se sentissem envolvidos e apresentaram seu som para as pessoas que estavam tendo contato com ele pela primeira vez. A tática funcionou e o público pulou alucinadamente em vários momentos.
O grande destaque do show foi, realmente, o Corey Taylor, que também é vocalista da banda Slipknot. Taylor demonstrou ter uma presença de palco incrível, e uma energia aparentemente inesgotável, pulando, gritando e cantado durante toda a apresentação, levando o público a loucura. Nem mesmo a chuva que caiu durante a terceira música, "Made of Scars", o impediu! Ele simplesmente ignorou o aguaceiro que caía, e continuou o show, arrancando mais aplausos da platéia.
Nota: 10
Capital Inicial

Devo confessar que nunca gostei muito de Capital Inicial, mas após o show da noite passada, virei fã de carteirinha!
A apresentação deles foi, simplesmente, fantástica! Dinho Ouro Preto, ao exemplo de Corey Taylor, se mostrou um cara extremamente enérgico e simpático, entregando uma apresentação completamente alucinada (no bom sentido, é claro!)
O pontos altos da apresentação (que não teve pontos fracos) foram, com certeza, quando eles cantaram "Shoul I Stay or Shoul I Go", do The Clash, e "Que País é esse?". Na última, Dinho ganhou o meu respeito, e, acredito que de muitos também, dedicando a música a ninguém mais, ninguém menos que José Sarney, e fez a galera cantar numa empolgação absurda.
Como diria o próprio Dinho: Do Caralho!
Show perfeito!!! Parabéns Capital Inicial, muito bom mesmo... mas ainda não bate o Stone Sour do Cory Taylor!
Vida longa ao rock 'n roll, vida longa ao Capital Inicial!
Nota: 10
Snow Patrol

Um show inteiro que pode ser definido por uma única frase: Pode não ter sido o melhor, nem o mais empolgante, mas o show do Snow Patrol foi excelente e o mais emocionante!
O dueto de "Set Fire on the Third Bar" com Mariana Aydar e o encerramento ao som de "Open Your Eyes" foram momentos lindos e antológicos, para entrarem na história do Rock In Rio!
Nota: 10
Red Hot Chili Peppers
O que dizer do show do Red Hot Chili Peppers! Se eu falar que o show foi bom, seria uma heresia, por que eles foram, simplesmente, ESPETACULARES!
Depois de esperar pelos ajustes no palco, que pareceram durar uma eternidade, entraram Flea, Anthony Kiedis, Chad Smith, Josh Klinghoffer e o percussionista convidado Mauro Refosco, catarinense de Joaçaba.
O Red Hot Chili Peppers começou o show com "Monarchy of Roses", de seu mais recente álbum, I'm With You, que funciou bem como abertura, com sua bateria alta e marcada. O delírio da plateia, no entanto, veio quando identificaram os primeiros acordes de "Can't Stop", tocados por Flea. Em seguida, uma sequência de antigas, "Charlie", "Otherside" e "Dani California".
Como já se esperava, Flea roubou a cena em vários momentos, tanto por seu talento como baixista como por sua habilidade de contorcer-se, dançar e dar pulos de quase um metro, tudo isso sem errar uma nota sequer. Além disso, estava vestindo uma camiseta da Seleção, já conquistando o carinho dos brasileiros. Anthony Kiedis também entregou uma ótima performance, sem deixar de cantar em nenhum momento, mesmo quando o coro da plateia eclipsava o poderoso sistema de som do Rock in Rio.
Por sorte, o Red Hot Chili Peppers tem hits suficientes (e muita presença de palco) em sua carreira para não deixar que as menos conhecidas "Factory of Faith", "The Adventures of Rain Dance Maggie", "Look Around" e "Did I Let You Know", também do último álbum, representem uma quebra significativa em sua apresentação.
O show foi chegando ao fim com "Me and My Friends" e o ótimo cover de "Higher Ground", de Stevie Wonder. As duas últimas faixas, "Californication" e "By the Way" fizeram praticamente toda a Cidade do Rock cantar em coro, sem dúvida o momento mais bonito da noite.
O grupo demorou alguns minutos para voltar para o bis, que começou com uma performance do baterista Chad Smith e do percussionista Refosco, com uma transição ritma que incluiu até batidas de funk carioca. A banda toda voltou com "Around the World", "Blood Sugar Sex Magik" e encerrou a noite com a agitada "Give It Away", fechando com chave de ouro um dos melhores dias da história do Rock In Rio! Um encerramento mais do que digno para um dos maiores festivais de música do mundo!
Nota: 1000000........
Corey Taylor foi o nome do rock in rio, simplesmente arrasou com suas duas bandas. com o slipknot entao, foi humilhaçao as outras bandas ficaram pequenininhas
ResponderExcluir